gráfico financeiro iluminado representando a origem e a evolução do mercado de securitização e a integração global

A securitização é uma prática financeira que transforma ativos em valores mobiliários, permitindo que empresas captem recursos de forma eficiente e flexível. A origem da securitização remete aos mercados europeu e norte-americano, no qual essa estratégia começou a se desenvolver antes de ganhar força no Brasil como uma solução para projetos de infraestrutura, agronegócio e mercado imobiliário. Neste artigo, iremos falar sobre a origem, evolução e relevância dessa prática no cenário econômico atual.

A origem da securitização

A história da securitização remete aos mercados imobiliários da Dinamarca e da Alemanha no final do século XVIII. Nesses países, surgiram estruturas que, mais tarde, inspirariam o conceito moderno de securitização. Um exemplo disso ocorreu após o incêndio de Copenhague em 1975, quando as associações de crédito hipotecário da Dinamarca criaram títulos garantidos por ativos. Esses instrumentos, por sua vez, deram origem aos Covered bonds que conhecemos hoje, utilizados para  para financiar projetos, atividades ou até para refinanciar outras dívidas.

Já no século XX, o conceito de securitização ganhou força nos Estados Unidos. Em 1977, o termo “securitization” foi dito por Leiwis Ranieri, então executivo do banco Salomon Brothers, durante uma entrevista para o Wall Street Journal. As primeiras operações de securitização nos EUA focaram em mortgage-backed securities (MBS), títulos garantidos por hipotecas residenciais. Essa prática foi impulsionada por instituições como Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae, que desempenharam um papel fundamental no financiamento de imóveis e na expansão da economia americana.

Com o tempo a securitização se expandiu para outros ativos, incluindo empréstimos, contratos e recebíveis comerciais, consolidando-se como uma ferramenta essencial no mercado de capitais global.

A chegada e evolução da securitização no Brasil

No Brasil, a securitização começou a ganhar relevância na década de 1990, especialmente com a criação dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Esses instrumentos permitiram que empresas de setores estratégicos acessassem o mercado de capitais para financiar seus projetos.

A regulamentação brasileira fortaleceu a segurança para emissores e investidores, permitindo que títulos negociáveis fossem criados a partir de ativos como direitos creditórios, financiamentos imobiliários e recebíveis do agronegócio. Essa estrutura jurídica ajudou a popularizar a prática, conectando empresas e investidores de forma eficaz.

Nos últimos anos, a securitização também se expandiu para novos segmentos, como a dívida ativa de estados e municípios, reforçando seu papel como uma solução financeira versátil. O mercado brasileiro demonstrou sua capacidade de adaptação, tornando a securitização uma alternativa cada vez mais atraente em comparação aos empréstimos bancários tradicionais.

A importância da securitização hoje

A securitização se destaca como uma ferramenta poderosa para empresas que buscam alternativas de financiamento. Entre seus principais benefícios estão:

  • Liquidez imediata: Empresas podem transformar ativos futuros em capital no presente.
  • Diversificação de fontes de financiamento: Reduz a dependência de bancos e linhas governamentais.
  • Melhoria do fluxo de caixa: Permite que empresas gerenciem melhor seus recursos.
  • Atração de investidores qualificados: O mercado de capitais valoriza amplamente instrumentos como CRIs e CRAs.

Além disso, a securitização oferece mais segurança para investidores, pois analistas frequentemente examinam os ativos subjacentes e contratos robustos os garantem. Esse equilíbrio entre risco e retorno impulsiona sua popularidade tanto no cenário global quanto no nacional.

O crescimento do mercado de securitização no Brasil

O mercado de securitização no Brasil fortalece setores como infraestrutura, agronegócio e imobiliário. No primeiro semestre de 2024, as ofertas no mercado de capitais alcançaram R$ 337 bilhões, segundo o Boletim de Mercado de Capitais da ANBIMA. Esse desempenho ressalta a crescente demanda por instrumentos financeiros como CRIs e CRAs, que oferecem soluções financeiras flexíveis e atrativas para empresas.

As debêntures de infraestrutura desempenham um papel essencial ao viabilizar projetos de longo prazo. Por meio delas, empresas e investidores colaboram para financiar grandes empreendimentos nos setores de energia, saneamento e transporte.

Além disso, o setor de agronegócio aproveita significativamente a securitização. Os CRAs permitem que produtores e empresas ampliem suas operações ao acessar capital de forma mais eficiente. Esse crescimento consolida a prática  como uma solução estratégica no Brasil.

No setor de multipropriedades, a Fortesec se destaca como líder em soluções de securitização. A empresa ajuda empreendedores a transformar projetos complexos em oportunidades reais. Saiba mais sobre a liderança da Fortesec na securitização de multipropriedades.

O futuro promissor da securitização

Sem dúvida, a securitização se destaca como uma das ferramentas financeiras mais versáteis, além de ser uma das mais impactantes no mercado atual. Por meio de sua capacidade de transformar ativos em títulos negociáveis, ela abre novas possibilidades para empresas e investidores. Além disso, conecta necessidades e oportunidades de forma altamente eficiente.

No Brasil, a prática de securitização já demonstra seu potencial, pois alavanca setores estratégicos, ao mesmo tempo que impulsiona o desenvolvimento econômico e promove uma integração ainda maior com o mercado global. Com isso, o cenário regulatório sólido, aliado ao crescente interesse de empresas e investidores, garante que a securitização continuará ocupando um papel central no futuro financeiro do país.