Uma das principais funções da securitização é oferecer uma alternativa de financiamento a empreendimentos que não sairiam do papel se dependessem exclusivamente do acesso às linhas tradicionais de crédito. Mas você sabe como funciona o processo dentro da instituição que irá colocar essa operação de pé?
Ao iniciar um primeiro contato com a equipe comercial de uma securitizadora, é comum o empreendedor estranhar a quantidade de documentos solicitada. Se isso aconteceu com você, acredite: a antecipação de recebíveis não é nenhum bicho de sete cabeças e essa documentação irá ajuda-lo a montar uma operação que garanta a saúde financeira do seu negócio.
Para entender o que é avaliado e por que esses documentos estão a seu favor, continue a leitura!
A primeira conversa
Os primeiros contatos com a equipe comercial marcam o nascimento do desenho da operação. Lembre-se que isso não é uma regra, cada securitizadora tem sua forma própria de trabalhar, portanto essas informações podem variar. No entanto, algumas são cruciais e serão solicitadas de qualquer forma. Conheça o que é analisado:
Informações do projeto
Nesse momento, é feito um levantamento das informações gerais do projeto, como:
– Localização da obra;
– Público-alvo do empreendimento;
– Data de lançamento;
– Se a empresa é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE);
– Valor total do gasto na construção e valor que ainda é necessário até a conclusão da obra;
– Necessidade dos recursos – onde você pretende alocar os valores arrecadados;
– Documentos importantes, como TVO (Termo de Verificação da Obra), Habite-se, licenças ambientais, etc.
Informações comerciais
Uma vez avaliadas as informações básicas do projeto, a securitizadora passa a estudar os dados comerciais. Nessa fase, são analisados:
– Quantidade total de unidades do empreendimento
– Quantidade de unidades vendidas;
– Quantidade de unidades em estoque;
– Qual o valor geral de vendas (VGV);
– Qual o sistema de amortização usado na venda das unidades para os clientes;
– Qual a maneira como as parcelas serão corrigidas.
Informações do empreendedor
Por fim, é hora de conhecer melhor o empreendedor, por isso podem ser solicitados:
– Documentos de identificação;
– Imposto de renda.
Por que tantas informações?
Essas informações são muito importantes para que a securitizadora consiga ter uma visão geral do empreendimento e comece a estudar um formato de operação que garanta uma vida financeira saudável até o fim do projeto.
Também é o momento ideal para que você entenda mais sobre a empresa, tire todas as suas dúvidas sobre como funciona o processo, conheça todas as etapas envolvidas e entenda como a securitizadora trabalha.
Perceba que cada securitizadora tem sua própria forma de trabalhar, por isso esses documentos podem variar de empresa para empresa. Além disso, é possível que seja solicitada alguma outra informação que esteja fora dessa lista. Lembre-se que quanto mais informações passadas, mais assertivo será o desenho da operação!
E depois?
Depois de estudar os documentos da empresa, características do empreendimento e o comportamento da carteira (histórico e fluxo futuro), é hora de montar a estrutura do CRI e sua modelagem financeira.
Até o dinheiro estar disponível para o empreendedor, é necessário passar por mais alguns passos. Que tal conhecer o passo a passo completo e quais são todos os participantes de uma securitização?
Agora você conheceu como funciona a primeira etapa da securitização e como essas informações podem ajudar na hora de montar a sua operação. Quer receber mais informações como essas e ficar por dentro do que acontece no mercado imobiliário e financeiro? Assine a nossa newsletter e receba todos os meses um único e-mail com o que há de mais pertinente sobre esses dois universos. Sem spam. Sem propagandas.