FIDC - Fundo de Investimento de Direitos Creditórios

São inúmeras as possibilidades de captação de recursos que vão além do empréstimo bancário tradicional. E, no geral, diversas outras opções apresentam condições mais vantajosas. É o caso do FIDC.

 

O fundo de investimento é um dos principais veículos que possibilitam essa dinâmica, mas você sabe exatamente como ele funciona? Continue a leitura desse post para conhecer melhor suas vantagens.

 

Antes de tudo, o que é um fundo de investimento?

De maneira simplificada, o fundo é uma espécie de bolso que reúne o dinheiro aplicado por investidores, que podem ser pessoa física ou jurídica. Uma vez levantados os recursos, entra em ação o gestor do fundo! Essa é a pessoa/empresa responsável por aplicar os ativos no mercado.

 

São muitos os tipos de fundos disponíveis para investimentos: com foco desde o mercado de ações, títulos de renda-fixa, até chegar em grandes empreendimentos como imóveis comerciais. Agora, queremos que você conheça especificamente o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).

 

O FIDC é um fundo que direciona mais de 50% do seu patrimônio em direitos creditórios, as famosas “contas a receber” presentes no dia a dia de qualquer empresa. Além de proporcionar bons rendimentos para quem investe, esse tipo de fundo ajuda muitas companhias a manter seus negócios em pé ao repassar um dinheiro importante para financiar suas operações. E é por isso que quem trabalha com construção civil precisa conhecer como funciona.

 

Como é o funcionamento de um FIDC?

Imagine uma empresa de loteamentos que acabou de fazer o lançamento de um novo empreendimento. Até a finalização da construção e entrega completa do projeto, será necessário um grande investimento financeiro.

 

Nessas situações, é muito comum o empreendedor buscar empréstimos bancários para viabilizar o projeto. O problema é que, no geral, as parcelas do financiamento não acompanham os valores que a empresa receberá pelas vendas dos lotes. Sabemos que a maior parte dos clientes compra a sua unidade para pagar em um longo período. As entradas e saídas do caixa não combinam e pode surgir, assim, uma grande dificuldade financeira.

 

Uma alternativa para a loteadora é receber à vista os valores que entrariam aos poucos, no longo prazo. Para que isso seja possível, a empresa faz a cessão dos valores que tem a receber para o FIDC, que antecipará o dinheiro e emprestará para a companhia. O processo de ceder essas “contas a receber” é conhecido como securitização.

 

Benefícios do FIDC para os empreendedores

Desta maneira, o grande benefício do FIDC para o empreendedor é justamente permitir a antecipação dos seus recebíveis e liberar o dinheiro que viabilizará o projeto até o fim. Esse tipo de solução também ajuda as empresas ao oferecer capital de giro: um valor necessário para arcar com despesas do dia a dia (confira algumas dicas para não ficar sem).

 

Outro ponto importante é a profissionalização da gestão do FIDC. A estrutura do FIDC exige um gestor profissional estudando a carteira de recebíveis e os riscos de inadimplência. Além disso, como os FIDCs muitas vezem levantam altos volumes de capital, é possível fazer uma série de alocações diferentes e diluir os riscos. Tudo isso deixa o investimento com menos risco, atraindo mais recursos e investidores. Esses pontos são importantes para o empreendedor pois garantem que ele terá quem disponibilize o dinheiro para seu projeto!

 

Pequenas e médias empresas podem fazer uma securitização?

Segundo o Valor Econômico, nos últimos anos aumentou o número de investidores procurando por FIDCs para papéis de pequenas e médias empresas. O patrimônio líquido desses fundos dedicados subiu de R$ 10,2 bilhões em dezembro de 2016 para R$ 16,8 bilhões em dezembro de 2018, uma alta de 65%. Neste ano até abril, esse segmento já somava R$ 17,5 bilhões, diz a reportagem que cita estudo feito pela Uqbar.

 

Inclusive, um dos mitos mais difundidos da securitização é justamente esse: que somente empresas grandes ou que buscam altos valores podem securitizar. Isso é mito! Não existe receita de bolo: estipular ou não um valor mínimo de securitização é uma determinação de cada empresa. Na Fortesec, por exemplo, atendemos propostas a partir de 3 milhões de reais. Nós acreditamos que uma operação com valores menores pode – e deve – ser vantajosa para os dois lados – empreendedor e investidor.

 

Lembre-se que o objetivo da securitização é trazer a alavancagem para o seu negócio, priorizando sempre a rentabilidade e cobrir a exposição de caixa da empresa durante o período de obras. O intuito desse tipo de crédito é que ele seja muito saudável, garantindo que o empreendedor continue tendo lucro, pois é exatamente isso que trará um fôlego maior para o projeto.

 

Não se preocupe, securitização não funciona só para empresas ou operações grandes.

 

Agora que você já conhece o que é um FIDC e como ele contribui na securitização e alavancagem do seu negócio, conheça melhor o passo a passo desse processo!