Negócios entre multipropriedade e mercado financeiro é tema de palestra

Juliana Mello, Fernando Martinelli, Marcos Castro

Com o objetivo de auxiliar empreendedores na estruturação financeira dos projetos de propriedade compartilhada, a Interval International convidou a diretora da Fortesec Securitizadora, Juliana Mello, e o diretor da Hectare Capital, Marcus Castro, para painel, na Conferência Internacional de Investimento em Propriedade Compartilhada, evento organizado pela Interval, no dia 01/08, em São Paulo.

Os dois executivos explicarem aspectos financeiros exclusivos da multipropriedade, em termos de securitização, financiamentos e operações de crédito, o que mercado financeiro procura em um novo negócio, os termos oferecidos, as observações de aquisição e desenvolvimento e como acessar esse capital.

Juliana Mello afirmou que a Fortesec é pioneira em securitização para o multipropriedade, com mais de R$ 200 milhões investidos. Ele contou quais são as barreiras que o mercado financeiro enxerga para fazer negócios em propriedade compartilhada. ‘’É um mercado novo, não tem histórico, não tem entrega, é uma venda de impacto, falta de incentivo de crédito, tem um alto nível de especialidade’’, apontou a executiva. ‘’Tudo isso gera desconforto e dúvidas. Um investidor com diversas possibilidades de portar o capital por que entraria nesse negócio com dúvidas?’’.

Ela explicou que atualmente poucos investidores entendem o risco nesse negócio. ‘’A partir que o mercado for tomando corpo, as entregas forem acontecendo, teremos mais investidores’’.

 

 

Investidor ou sócio

Marcus Castro

O diretor da Hectares, Marcus Castro, explicou o papel de um fundo de investimento no modelo de negócio da multipropriedade. De acordo com ele, o fundo entra na exposição de caixa inicial, quando ainda não há carteira de recebíveis, para um capital de giro inicial.

De acordo com ele, para que as transações entre multipropriedade e investidores se concretizem, o mercado de capitais necessita conhecer mais a fundo os incorporadores, saber se entregam as obras.

Segundo o executivo, muitas vezes os empreendedores não querem um investidor, mas um sócio no projeto. ‘’Para investidores entrarem como sócios, vão querer retornos maiores, pois não terão as garantias que o financiamento ofereceria’’.

 

 

 

 

Venda de impacto e distratos

Juliana Mello

Juliana Mello falou que quando a empresa modela um projeto para multipropriedade leva em consideração que a venda é de impacto e o negócio tem uma taxa maior de cancelamento que o mercado imobiliário tradicional. ‘’A modelação já é feita para suportar distratos, obviamente dentro de limites’’, disse.

Para a executiva, o mercado financeiro prefere que a comercialização seja um pouco mais lenta, mas saudável. ‘’Se a venda é sustentável, a gente consegue passar isso para os investidores’’, finaliza.

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